sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Beleza fútil

Estava um calor de 35°C; na TV um DVD da Ana Carolina, o pessoal na piscina e eu dentro de casa vendo TV e cortando uns tecidos para minha tia. Estavam todos se rindo, gritando, se divertindo e eu sozinha; somente eu, aquele tecido e o DVD tocando.Pelo que parecia eu era a única “diferente” ali. Eu era a única que se vestia de preto, a única com alargador na orelha e com lápis preto nos olhos, resumindo: a única que não seguia os padrões ali.
Eu nunca fui como essas meninas. Essas meninas que se pegarmos e dispormos uma ao lado da outra não saberemos quem é quem; são todas iguais, todas seguindo os mesmos padrões idiotas impostos por essa sociedade hipócrita e medíocre. Sempre tive idéias e pensamentos diferentes, meus objetivos e idéias estavam sempre à frente do meu tempo, sempre à frente do que a minha geração almejava.
Houve um tempo que eu me preocupava com o que as pessoas pensavam de mim, com o que elas achavam do meu comportamento, mas hoje eu não ligo mais pra esse tipo de coisa. Penso somente no que me faz bem, e, sinceramente, me sinto bem melhor assim.
Acho tão inútil essa preocupação com o físico. A maioria dessas meninas não passa de um rostinho bonito, um corpo e roupas caras. Feitas única e puramente de aparências. Sinceramente, prefiro continuar sendo a “diferente”, prefiro não ser mais uma magra e alta. Padronizada. Sei que tenho uma maneira bem melhor de me destacar e mostrar minhas qualidades. Sempre fui mais mente e intelecto do que corpo. Afinal, um dia teus peitos e tua bunda irão cair, só então você perceberá que a gravidade existe e que ela , nem sempre, conspira à teu favor. Então sobrará o intelecto, e se você exercitá-lo e não alimentá-lo ao longo da sua vida, não restará mais nada.
O meu intelecto está sendo alimentado e exercitado. E o teu?

Think about it.

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